por Fernando Gil Paiva
Tem gente que acha legal matar passarinho, eu nunca matei. Matar sapo, matar lagarto, o simples prazer de ver a vida se despedindo do bicho sem a noção do que é a vida se despedindo do bicho. Tá certo que nunca matei essas criaturas maiores, nem tive muitas pretensões felicianas [ refiro-me à Felícia, do Tiny Toon], mas tive muita imaginação com formigas.
Não foi o simples prazer da aventura da captura. Quando eu tinha uns 11 anos, no quintal da minha casa tinham umas formigas bem generosas em tamanho e ficava muito fácil pegar. Elas iam se acumulando no vidro de palmito durante algum tempo até que eu decidia que estava na hora de ir para a etapa dos origamis.
Eu fazia um ou dois barcos de papel. Preparava uma bacia com água e montava a prévia de uma catástrofe para elas. O barco ia ao mar. E os passageiros eram colocados em seus aposentos. Rondavam o território enquanto eu fazia ondas na bacia e o papel ia molhando. “E de repente, no meio da tempestade, um raio caiu no navio e uma fumaça começou a ser vista pela tripulação”. Não muito tempo depois o barco estava em chamas e o socorro parecia não chegar. Mas logo depois eu chegaria. Tinha que ter emoção.
“Atenção, formigas ao mar! Formigas ao mar!” E chegava outro barco para resgatá-las. Algumas iam afundando e, para essas, uma corda especial chegava até o fundo do oceano e fazia a captura. Depois de um tempo fora da água voltavam a respirar. Quando a brincadeira terminava, eu guardava as que mereciam de volta no vidro. As mais ansiosas já tinham morrido na hora do fogo e as que eu tinha mais dó acabava soltando, mas não eram muitas não.
Outro dia era outro acidente, na água ou fora dela. Mas as formigas sempre foram boas protagonistas para minhas histórias. Elas e minha coleção de Lego®, que deixo para falar depois.
Não foi o simples prazer da aventura da captura. Quando eu tinha uns 11 anos, no quintal da minha casa tinham umas formigas bem generosas em tamanho e ficava muito fácil pegar. Elas iam se acumulando no vidro de palmito durante algum tempo até que eu decidia que estava na hora de ir para a etapa dos origamis.
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“Atenção, formigas ao mar! Formigas ao mar!” E chegava outro barco para resgatá-las. Algumas iam afundando e, para essas, uma corda especial chegava até o fundo do oceano e fazia a captura. Depois de um tempo fora da água voltavam a respirar. Quando a brincadeira terminava, eu guardava as que mereciam de volta no vidro. As mais ansiosas já tinham morrido na hora do fogo e as que eu tinha mais dó acabava soltando, mas não eram muitas não.
Outro dia era outro acidente, na água ou fora dela. Mas as formigas sempre foram boas protagonistas para minhas histórias. Elas e minha coleção de Lego®, que deixo para falar depois.
Quanta sensibilidade!! A CADA DIA VC ESTÁ MELHOR!! TE AMO
ResponderExcluirou insensibilidade (com as formigas)
ResponderExcluirhahaha
mais uma coincidência...eu tbm fazia brincadeiras com as tão inocentes formiguinhas...na verdade tudo tinha um fundo científico...elas faziam parte de um estudo de um importante laboratório que ficava em um local longe do pessoal da nasa...lá no quintal de casa...ashuasha
ResponderExcluiré...as bichinhas mereciam um oscar!
mto bom o texto!
;***