domingo, 29 de março de 2009

Manifesto Supermoderno
por Fernando Gil Paiva


Das aflições supermodernas às práticas de suas induções surgiram eventos como o Flashmob. As pessoas começaram a efervescer em seus movimentos, unindo-se, reunindo-se... Tudo começando por uma mera brincadeira para depois se transformar num ato mundial.

Pessoas pularam pra deslocar o eixo da Terra, pessoas pediram por manifestações de forças superiores e outras pessoas correram, vestiram-se de forma igual, gritaram, bateram sapatos e paralisaram.

As estátuas dos não-lugares. Os não indivíduos e sua busca essencial.
Tudo sendo encaixado para que uma mensagem criada por emissores dispersos chegassem a receptores à deriva num mar de possibilidades de reações.
Frozen
Pensando em tudo isso, o Frozen FlashMob (o das pessoas congeladas) começou a ser realizado por muitas pessoas em pontos distantes do mundo. Estações passaram a ser palcos do imediato, assim como aeroportos, praças, pontos de tráfego rápido, entre outros... As estátuas se proliferaram, bem como a auto-interpretação.


Darken
E de um modo diferente, vindo de diversos noticiários, percebe-se que o mundo estava parando no dia 28 de março de 2009, para desligar suas luzes e, por uma hora, mover o maior número de pessoas para que pudessem ficar no escuro por uma hora (20:30 – 21:30). Então, ficou bastante claro que cada indivíduo transpondo seus “lugares”, fez-se um não lugar e uma unidade para juntar-se no ato de mobilização para redução do aquecimento global no mundo.
O Darken Flashmob, ou o Flash da Escuridão parece ter surgido como mais um modo para se dizer que o fenômeno realmente funciona e pode ser usado não apenas para aquilo que é visto apenas do ponto de vista do individual – mas também do GLOBAL e para ações maiores e mais moventes. No Brasil, pontos turísticos como o Cristo Redentor, Jardim Botânico em Curitiba enter outros também se envolveram na Hora do Planeta.

Os relógios supermodernos já começaram a contar o tempo da Terra no chamado a “Hora do Planeta” ou “Earth Hour”, com participação, inclusive, do WWF Brasil. O movimento começou na Austrália em 2007, espalhou para mais países em 2008 e se consagrou em 2009. Com o fechar de olhos e o interromper das luzes – tornou-se possível a extensão da reflexão de que estar diante do desconhecido possibilita encontrar repostas para aquilo que se quer melhor conhecer / conhecer melhor.

Um comentário:

  1. minha mãe ia fazer um dark flashmob no outro dia, sozinha. haha.

    adorei o texto, Fernando!

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