sábado, 29 de janeiro de 2011

5 TRILHAS DE 2011

As cinco melhores trilhas sonoras de 2011 selecionadas pelo Academy Awards. São eles compositores com uma longa estrada como Hans Zimmer e Alexander Desplat e outros com longa estrada não tão conhecida mundialmente como A. R. Rahman que produz para muitos filmes na Índia; Quem se destaca majoriatariamente por animações como John Powell e iniciantes como Trent Reznor e Atticus Ross. Músicas tocadas, todas excelentes, a questão é saber não quem fica em primeiro, mas reconhecer estes cinco trabalhos singulares. 

Os indicados são:

A.R. Rahman – 127 Horas


O Trailer


+ de A. R. Rahman:  Quem Quer ser Um Milionário?; Elizabeth - A Era do Ouro, entre uma série de filmes indianos.


Alexandre Desplat – O Discurso do Rei


O Trailer



+ de Alexander Desplat: Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1 e 2; O Escritor Fantasma; Coco Antes de Chanel; O Curioso Caso de Benjamin Button; A Bússola de Ouro; A Rainha; Chéri, entre outros.


John Powell – Como Treinar o seu Dragão



O Trailer


+ de John Powell: Rio; A Era do Gelo 2, 3 e 4; Encontro Explosivo; Zona Verde; Horton e o Mundo dos Quem!; Jumper; O Ultimato Bourne; P.S. Eu te Amo; Uma Lição de Amor; Amor à Segunda Vista, entre outros.


Trent Reznor e Atticus Ross - A Rede Social


O Trailer




+ de Trent Reznor e Atticus Ross: The Girl With The Dragon Tatoo (Reznor and Atticus); O Livro de Eli (Atticus); Nova York, Eu Te Amo (Atticus).


Hans Zimmer – A Origem




O Trailer




+ de Hans Zimmer: Sherlock Holmes; Simplesmente Complicado; Anjos e Demônios; Batman- O Cavaleiro das Trevas; A série Piratas do Caribe; O Amor não Tira Férias; O Código Da Vinci; O Último Samurai; Alguém Tem Que Ceder; Hannibal; Pearl Harbor; A Casa dos Espíritos; O Rei Leão, entre outros. 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Indicados ao Oscar 2011

    
   A caminhada para o Oscar começou com surpresas e constatações. A primeira delas foi ver o documentário brasileiro "Lixo Extraordinário" que aborda as obras de Vik Muniz a partir do lixo. A constatação foi ver "O Turista", com três indicações ao Globo de Ouro, fora da conquista pela estatueta. O filme, que se propõe à comédia e a um roteiro aparentemente de ação, deixa esvair talentos majestosos como os de Depp e Jolie como a água que escorre incontrolável pela mão. 
     Por isso, constatado que ele não "deveria" estar mesmo ali. O filme é legal, mas decepcionante; e este é um post sobre os indicados ao Oscar, então voltemos ao assunto. Como disse anteriormente com os vencedores da noite do Globo de Ouro, esperava e ansiava por ver filmes como "O Discurso do Rei", "Cisne Negro" e "A Rede Social" - bem, essa vontade segue. Outra grande motivação que foi ignorada pelo Golden Globo foi ver Bravura Indômita, dos irmãos Coen, figurando em várias indicações. Para quem estou torcendo? Palpites? Como muitos dos filmes ainda não pude ver, vão aqui alguns dos votos de coração. 


     Para melhor longa animado é quase certo (99%) que Toy Story 3 leve o Academy Award. O filme é o melhor da trilogia e com um roteiro de arrancar lágrimas e emoções de qualquer fã (ou não) da série. Já melhor atriz coadjuvante fico entre Amy Adams (que vem se mostrando um diamante em estado de lapidação) e Helena Bonham Carter, a qual partilho grande empatia por trabalhos com Tim Burton. Arrisco que Christian Bale deva levar o prêmio de ator coadjuvante pois sua eficácia em ganhar e perder peso, interpretar opostos como Batman e o irmão "fracassado" de O Vencedor demonstrar a densidade de seu trabalho. 


    Já melhor Roteiro Original, A Origem ganha umas estrelinhas a mais por desafiar o conceito de cinema e nos mergulhar no mundo dos sonhos e da psiquê envolto de um roteiro inebriante e atuações antológicas, com destaque para o contínuo progresso de Leonardo DiCaprio, Ellen Page e da maravilhosa Marion Cotillard;  e Roteiro Adaptado, voto (de coração) ou para Toy Story ou 127 horas (novo filme de Danny Boyle e roteiro de Simon Beaufoy. 


     Melhor ator levará Colin Firth em O Discurso do Rei e melhor atriz será o ano para Natalie Portman em Black Swan, a estrela maior em atuação como as de Entre Irmãos, Closer e V de Vingança. Está ficando difícil, não sei se é o palpite a se concretizar, mas conhecendo a caminhada e filmografia do diretor, acho que o momento é para Darren Aronofsky (Pi, Réquiem para um sonho, Fonte da Vida) com o filme Cisne Negro. Para melhor filme, ..., pensando, pensando... dez indicados, apenas um vencedor... bom, quem eu gostaria muito de ver ganhando seria Toy Story 3, mas como ele já vai levar de melhor animação, deixo o páreo para O Origem e O Discurso do Rei, que não vi, digo de novo, mas conhecendo as tendências e potencialidades, arrisco nele. Filme Estrangeiro, ganha Alejandro Gonzales Iñáritu com Biutiful. E nem preciso dizer que torço para Lixo Extraordinário na categoria documentário, não é? Bem, é isso, e ai vão os indicados:

Melhor filme


Cisne Negro
O Vencedor
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Minhas Mães e meu Pai
Toy Story 3
127 Horas
Bravura Indômita
Inverno da Alma

Melhor diretor
Darren Aronovsky – Cisne Negro
David Fincher – A Rede Social
Tom Hooper – O Discurso do Rei
David O. Russell – O Vencedor
Joel e Ethan Coen – Bravura Indômita

Melhor ator
Jesse Eisenberg – A Rede Social
Colin Firth – O Discurso do Rei
James Franco – 127 Horas
Jeff Bridges – Bravura Indômita
Javier Bardem – Biutiful

Melhor atriz
Nicole Kidman – Reencontrando a Felicidade
Jennifer Lawrence – Inverno da Alma
Natalie Portman – Cisne Negro
Michelle Williams – Blue Valentine
Annette Bening – Minhas Mães e meu Pai

Melhor ator coadjuvante
Christian Bale – O Vencedor
Jeremy Renner – Atração Perigosa
Geoffrey Rush – O Discurso do Rei
John Hawkes – Inverno da Alma
Mark Ruffalo – Minhas Mães e meu Pai

Melhor atriz coadjuvante
Amy Adams – O Vencedor
Helena Bonham Carter – O Discurso do Rei
Jacki Weaver – Animal Kingdom
Melissa Leo – O Vencedor
Hailee Steinfeld – Bravura Indômita

Melhor longa animado
Como Treinar o Seu Dragão
O Mágico
Toy Story 3

Melhor filme em lingua estrangeira
Biutiful
Fora-da-Lei
Dente Canino
Incendies
Em um Mundo Melhor

Melhor direção de arte
Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I
A Origem
O Discurso do Rei
Bravura Indômita

Melhor fotografia
Cisne Negro
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Bravura Indômita

Melhor figurino
Alice no País das Maravilhas
I am Love
O Discurso do Rei
The Tempest
Bravura Indômita

Melhor montagem
Cisne Negro
O Vencedor
O Discurso do Rei
A Rede Social
127 Horas

Melhor documentário
Lixo Extraordinário
Exit Through the Gift Shop
Trabalho Interno
Gasland
Restrepo

Melhor documentário em curta-metragem
Killing in the Name
Poster Girl
Strangers no More
Sun Come Up
The Warriors of Qiugang

Melhor trilha sonora
Alexandre Desplat – O Discurso do Rei
John Powell – Como Treinar o seu Dragão
A.R. Rahman – 127 Horas
Trent Reznor e Atticus Ross – A Rede Social
Hans Zimmer – A Origem

Melhor canção original
“Coming Home” – Country Strong
“I See the Light” – Enrolados
“If I Rise” – 127 Horas
We Belong Together – Toy Story 3

Melhor Maquiagem
O Lobisomem
Caminho da Liberdade
Minha Versão para o Amor

Melhor Curta-metragem de animação
Day & Night
The Gruffalo
Let’s Pollute
The Lost Thing
Madagascar, Carnet de Voyage

Melhor Curta-metragem
The Confession
The Crush
God of Love
Na Wewe
Wish 143

Melhor Edição de som
A Origem
Toy Story 3
Tron – O Legado
Bravura Indômita
Incontrolável

Melhor Mixagem de som
A Origem
Bravura Indômita
O Discurso do Rei
A Rede Social
Salt

Melhor Efeitos especiais
Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I
Além da Vida
A Origem
Homem de Ferro 2

Melhor Roteiro adaptado
A Rede Social
127 Horas
Toy Story 3
Bravura Indômita
Inverno da Alma

Melhor Roteiro original
Minhas Mães e meu Pai
A Origem
O Discurso do Rei
O Vencedor
Another Year

sábado, 22 de janeiro de 2011

Cinco inesquecíveis de John Williams


De volta ao assunto trilhas sonoras, nada melhor do que poder relembrar e ouvir de novo cinco dos inúmeros sucessos do compositor John Williams que, aos 78 anos, mantém-se imbatível e com composições que não nos fazem menos do que arrepiar. É por conta dessa característica que escolhi que todos os filmes de hoje seriam guiados pelas notas de Williams e que, como todo e qualquer apaixonado por cinema, não se cansa de ouvir e sentir-se no mínimo bem com o replay da perfeição. Nesta eleição de cinco filmes e cinco trilhas, deixo as pistas daquilo que considero o mais de John Williams, mas também não esqueço de mencionar a dificuldade em escolher 5, apenas 5 entre tantas ótimas!

Poucas notas e uma música que causou arrepios em todos os que assistiam, já na primeira cena do filme, um ataque de um tubarão branco ávido por carne e sangue. Em Tubarão (Jaws) a lembrança de uma das épocas em que o cinema era o estado máximo de deslumbramento.


Ser esquecido em casa na noite de natal. Todos os jovens e crianças e hoje adultos não se cansam de rever esse clássico e inesquecível sucesso de John Hughes. Cuidado com aquilo que deseja, isso pode se tornar realidade. E foi o que aconteceu em Home Alone que ficou na memória de todos bem como seu tema. 


Um arranha-céu em sua noite de inauguração pega fogo e sucumbe junto às milhares de pessoas que festejavam o novo feito da humanidade. Num filme da década de 70, John Williams compõe a agonia em notas musicais com o Inferno na Torre.


Um homem "perde" sua pátria temporariamente e passa a viver, comunicando-se com a pouca habilidade da fala, em um aeroporto, um não-lugar, onde sua identidade não reconhecida para o governo americano passa a ser reconstruída num ambiente em que todos apenas transitam, mas que ele está parado no terminal.

Um ambicioso empresário reconstrói as cadeias genéticas dos dinossauros e consegue fazer com que variadas espécies retornem à vida. O que ele não contava é que a natureza é mais imprevisível que o homem e que a evolução não pára, nem quando manipulada pelas mãos do homem. O inesquecível Jurassic Park é ainda hoje um dos melhores filmes já feitos e não há quem não resista esteja ele passando em qualquer sessão que seja, da tarde, da manhã ou da noite.


Além dessas, John Williams também foi responsável pela composição da trilhas sonoras de Indiana Jones, Star Wars, Harry Potter, A.I. Inteligência Artificial, Os Rebeldes, Louca Escapada, Munique, Memórias de uma Gueixa, Prenda-me Se For Capaz, Minority Report, O Patriota, As Cinzas de Ângela, O Resgate do Soldado Ryan, Sete Anos no Tibet, Sabrina, A Lista de Schindler, Além da Eternidade, Nascido em Quatro de Julho, E.T, Superman, entre muitos outros. Perceberam a dificuldade de se escolher cinco entre tantos, não?! 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Hereafter - Além da Vida

Esta semana fui ao cinema assistir ao último filme - Além da Vida - de um dos meus diretores preferidos: Clint Eastwood. Posso dizer que este é, sem dúvida, mais um filme que ficará entre os meus preferidos do mestre. Clint mantém uma linha muito semelhante aos seus últimos trabalhos (A Troca, The Changeling; Gran Torino e Invictus) no que diz respeito à fotografia, uma trilha sonora muito característica - quase música "Eastwoodiana" - com instrumentos musicais tocando pura e simplesmente suas notas e ao fato de esta não ser uma superprodução, o que dá uma cara especial ao filme. 

Matt Damon repete com o diretor neste filme que é tão diferente e tão especial quanto ao outro. Clint começa a falar sobre experiências de morte ou quase morte. E ele trata o tema guiando todos por um roteiro maravilhoso de Peter Morgan, duas vezes indicado ao Oscar por "A Rainha" e "FROST/NIXON" e que também escreveu "O Último Rei da Escócia" e "A Outra". Em Além da Vida, Peter Morgan e Clint Eastwood abraçam diferentes histórias em diferentes lugares do mundo e, além disso, inserindo tais acontecimentos fictícios dentro de acontecimentos reais. 

As três histórias que são contatas em uma narrativa sutil e sem exageros se dividem entre a jornalista francesa que está de férias na Indonésia e é vítima dos tsunamis que devastaram várias localidades do mundo. A jornalista é mergulhada em uma experiência de quase morte e procura, a partir desse detour em sua vida, um olhar diferente sobre o que aconteceu com ela.

O personagem de Matt Damon é um morador de San Francisco, Califórnia, que, lotado em um trabalho no porto, procura esquecer sua antiga profissão/maldição, como ele mesmo a chama, o fato de ser médium e ter uma habilidade imensa e verdadeira de estabelecer esse contato com o que há além da da vida. Já na Inglaterra os irmãos gêmeos George e Frankie McLaren interpretam Marcus e Jason. O irreparável de sua história é o afastamento dos irmãos que são tão próximos um do outro. Próximos de amizade e de alma. 

Com o revezamento das histórias e a tentativa dos personagens de superarem e evoluirem em seus desconfortos e dores, o filme ganha força ainda mais com atuações que merecem ser aplaudidas, como a de Bryce Dallas Howard (que rapidamente passa pela vida de Damon), dos próprios irmãos McLaren que comovem os que os assistem à ponto de arrancar alguns suspiros e lágrimas; e também a atriz belga Cécile de France (Albergue Espanhol e Bonecas Russas) e outros coadjuvantes. 

Para fechar este relato de alguém que gostou bastante do filme, não deixo de falar da qualidade técnica de montagem e edição do filme, e também das primeiras cenas em que o tsunami devasta de forma brutal e nos choca já nos primeiros minutos. Foi de fato um trabalho maravilhoso a construção dessa cena e isso conta muito para um filme que não tem a pretensão de ser um filme "2012" de efeitos especiais. 


Espero que, surgida a oportunidade, assistam à esse grande de Eastwood, que longe de ser um bravo e violento do velho oeste é um exercício de emoção seguida de emoção. 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Encontramos identidade num lar desabitado



Quem era aquele que queimava suas horas na cadeira? Que antes do cair do sol, das venturas da noite e do vento frio da madrugada inundava-se em páginas e páginas de poesia à prosa?

Em cada página um balanço da cadeira atualizava um balanço da história.
Rondava pelos mesmos lugares, como se até em sua casa, a rotina dos caminhos estivesse certa até a hora da morte.

Passava pelo corredor das fotografias e de hora em hora ia ao banheiro dos fundos, onde se descontrolava em suas incontinências, e que ora vinham com escassez, ora cheias de vontade.

Assim, aquela casa foi se tornando o que aquele homem era.
Nossa casa é o espelho do que somos. Aquele que adentra um lar desconhecido tem o prazer ou desprazer de invadir intimidades, desvelar identidades e corromper o conhecido no desconhecido. É capaz de ver a capa que cobria o chão, ouve os talheres caindo das mãos, a chama da vela se extinguindo...

Um leitor de vida, um leitor do acaso. Que partiu. Partiu-se em dois ou mais fragmentos, em chamas queimou, nas cinzas das horas. O vazio. O definitivo vazio. A embriaguez da solidão e a casa que rangia as madeiras, que lamentava a falta dos passos sobre si, que vomitava este sentimento tão pouco traduzível ou substituível que é a saudade.

Abrimos a porta [dias depois], o pó subiu dos móveis e voltou a repousar pouco tempo depois. Tínhamos a ordem de varrer tudo aquilo, no sentido de aniquilar móveis velhos, desfazer-se de livros, tirar apenas proveito daquilo que ainda era usável, o que deveria ser pouco.

Mas tão enganados estávamos que, chegando à casa do velho, foi impossível movermos algo. Encontramos identidade num lar desabitado. E foi assim, lento passo a passo na madeira, que o homem se refez, em cada gesto, em cada fragmento antes espalhado e ali estava ele, como se nunca tivesse dali partido.

A impressão era de que a cadeira pendia a tal ângulo prestes a balançar. Os livros rogavam por ter suas páginas viradas. Os personagens ameaçavam suicídios ou assassínios e tudo pedia que o homem não partisse. Que dali não se desfizesse alguém tão inerente.

Foi então, que distante deste ponto, uma pedra que rolava para o mar caiu, e o continente ficou menor sem ela. E de que adiantaria então, pensamos, tirar todas aquelas coisas daquela grande casa se ao final das contas teríamos um vazio maior ainda numa casa que não caberia nem os pés! Que não adentraria nem um olhar forasteiro!

Com isso, cada coisa tinha, sim, que permanecer em seu lugar. Ainda que seu antigo habitante tivesse partido, ali ainda era seu lar, e se seu corpo já não testemunhava sua existência, tudo aquilo testemunhava sua identidade.       

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Globo de Ouro - Resultados


A premiação do 68º Globo de Ouro foi ontem e muitos dos ganhadores já certificam certas expectativas para o Oscar, que será em fevereiro. Apesar de muitos dos filmes ainda não terem chegado aos cinemas brasileiros, mantenho certas expectativas, mas mais por torcidas pessoais. Como por exemplo, um grande apreço pelo filme A Origem que foi simplesmente um marco para o cinema em 2010; Toy Story 3, que superou qualquer expectativa de uma continuação para animação; uma queda pela Natalie Portman em Cisne Negro e, não deixando de lado, o talento de Darren Aronofsky, que acompanho desde Réquiem Para um Sonho; E também uma torcida para Colin Firth que é, sem dúvida, um dos grandes atores da década. Infelizmente, A Rede Social mal ficou no cinema aqui em Cuiabá (uma semana! - o mesmo que aconteceu com Crash e Little Miss Sunshine, e depois do Oscar voltaram a passá-lo), então, estou aguardando meios lícitos ou ilícitos para vê-lo o quanto antes.  E aguardamos para saber para quem desses o Oscar está reservado. Ah, e sem esquecer, é claro, da homenagem Cecil B. DeMille a Robert De Niro que, citando rapidamente, fez trabalhos memoráveis como em Touro Indomável, Taxi Driver, O Poderoso Chefão II, As Filhas de Marvin, Mera Coincidência, Cabo do Medo, Cassino, New York, New York, entre outros mais. Minhas expectativas para o ver no cinema o quanto antes: Cisne Negro, é claro; A Rede Social (que, com certeza, deve retornar); O Discurso do Rei; Burlesque; Minhas Mães e Meu Pai; O Vencedor; 127 horas; e O Turista, apesar dos comentários que já pairam no ar sobre a falta de química no casal Depp e Jolie. Com isso, segue a lista dos vencedores da noite de ontem.



Filme - drama"A Rede Social"

Ator - drama

Colin Firth ("O Discurso do Rei")

Atriz - drama
Natalie Portman ("Cisne Negro")

Filme - comédia ou musical

"Minhas Mães e Meu Pai"

Ator - comédia ou musical
Paul Giamatti ("Minha Versão para o Amor")

Atriz - comédia ou musical

Annette Bening ("Minhas Mães e Meu Pai")

Ator coadjuvante
Christian Bale ("O Vencedor")

Atriz coadjuvante
Melissa Leo ("O Vencedor")

Direção
David Fincher ("A Rede Social")

Roteiro"A Rede Social"

Filme estrangeiro

"Em um Mundo Melhor" (Dinamarca)

Animação
"Toy Story 3"

Trilha sonora

"A Rede Social"

Música original

"You Haven't Seen the Last of Me" ("Burlesque")

Cecil B. DeMille (homenagem)
Robert De Niro

TELEVISÃO
Série - comédia ou musical
"Glee"

Ator - comédia ou musical

Jim Parsons ("The Big Bang Theory")

Atriz - comédia ou musicalLaura Linney ("The Big C")

Série - drama
"Boardwalk Empire"

Ator - drama
Steve Buscemi ("Boardwalk Empire")

Atriz - drama

Katey Sagal ("Sons of Anarchy")

Ator coadjuvante

Chris Colfer ("Glee")

Atriz coadjuvante

Jane Lynch ("Glee")

Telefilme ou minissérie

"Carlos"

Ator em minissérie ou telefilme

Al Pacino ("You Don't Know Jack")

Atriz em minissérie ou telefilme

Claire Danes ("Temple Grandin")

Trecho da premiação:

sábado, 15 de janeiro de 2011

Túnel do Tempo

Postei o seguinte texto em 11 de abril de 2009, sábado, e para relembrar esse tecido difícil de costurar faço um re-post para aqueles que não tiveram a chance de lê-lo na época.


sábado, 11 de abril de 2009

Rompido & Rizomático



A extensão dos feriados resulta na aglomeração de pessoas em lugares que possivelmente não as suportarão.
O ajuntamento ou multidão de coisas ou pessoas fará com que mais lixo seja acumulado em lugares impróprios.
O lixo leva a extensão do fator saneamento básico impróprio ou inexistente.
Jorge Furtado dirigiu Fernanda Torres, Wagner Moura, Camila Pitanga e Bruno Garcia em “Saneamento Básico, O Filme”.
Camila Pitanga, chama-se Silene, que faz o personagem de Silene Seagal, no vídeo 'O Monstro do Fosso', em homenagem ao ator Steven Seagal.
O ator Steven Seagal, nascido em Michigan, nos EUA, nasceu no dia 10 de Abril de 1951. Hoje! O que lhe resultam 58 anos.
O Ex-Beatle George Harrison morreu aos 58 anos de idade em 2001 por causa de um câncer na garganta.
O filme 2001 – Odisséia no Espaço, ocupa a 15ª posição na lista dos 100 melhores filmes de todos os tempos no Instituto de Filmes Americanos (AFI).
Para o diretor Stanley Kubrick (de 2001), “Somente depois de 40 tomadas, os atores param de dizer as falas mecanicamente e começam a atuar de forma convincente”.
Foi Harvey Hubbell quem desenvolveu o arranjo elétrico da tomada. Enquanto Thomas Edison descobria o potencial da eletricidade, Hubbell criou o primeiro método prático para seu controle.
Os controles remotos, que viraram remotos controles apareceram na canção de Belchior cantada por Adriana Calcanhoto na música Esquadros. Nessa, estão também as cores deAlmodóvar.
O último filme do diretor espanhol Almodóvar leva o nome de “Los Abrazos Rotos” (Os abraços partidos) com a participação de Penélope Cruz. O filme estreou no dia 18 de março de 2009 na Espanha.
A justiça espanhola obrigou essa semana um pai divorciado a levar seu filho às procissões religiosas do feriado da Páscoa. A mãe católica abriu o processo após o pai se negar a levar o filho a tais eventos.
A Ilha de Páscoa fica no sul do oceano Pacífico. É famosa por suas gigantes estátuas de pedras e pertence à região de Valparaíso, no Chile.
Valparaíso foi local de uma das três casas edificadas pelo poeta Pablo Neruda que nasceu na capital Santiago a 12 de Julho de 1904 e morreu em 23 de setembro de 1973.
Tomando o número final do ano (04) e o mês (setembro) anteriores, temos 04 de setembro. Nesse dia, em 1941, plena Segunda Guerra Mundial, começa o bombardeio a Leningrado (Rússia), que resistiu durante 900 dias.
O dia 4 de setembro é o 247° dia do ano. E o dia 10 de abril (Hoje) é o 100° dia. A diferença de 247 e 100 dá 147.
Em 1954, morreu aos 91 anos o francês Auguste Lumière que, ao lado do irmão Louis, foi um dos inventores do cinema. Lumière nasceu em 1862 e se estivesse vivo, comemoraria, hoje (seu aniversário), 147 anos. Muito provavelmente, o feito ocorreria em meio à uma das milhares de aglomerações resultadas da união das pessoas na extensão dos feriados.

Here I am

You, the ones, that are reading me day after day, month after month, and time after time, I should be very grateful because there was a time I sure didn't realize the real importance of dedicating part of who I am in this space. The thing is that this is also what I am. I've notices in these past few days that this blog is nothing but an extension of me in cyberspace. I'm used to write in Portuguese, but it often occurs that sometimes English feels better when talking about something. I promise I'll try to dedicate myself to it. I'll write more and more in English too. So, faithfull reader, follower or whoever you are, keep waiting for further words next time. I'm searching for the next book, the next movie, the next opportunity to put my words in here. Thank you all. See you soon.

5 TRILHAS SONORAS PARA NÃO ESQUECER...

... E NÃO PARAR DE OUVIR

Aos sábados, a partir de agora, não se esqueça de relembrar as trilhas sonoras que mais marcaram na história do cinema. Afinal, um filme sem trilha sonora é apenas a metade de um filme. A música nos impulsiona para as emoções mais frementes. E hoje, para dar início à esta seleção, comecemos com o de "aquelas de tirar o fôlego", o que representa uma composição própria para um filme, que aquela música tem a perfeição das notas com a história narrada, e que, nos filmes, nos fazem vibrar e participar ainda mais. A ordem não necessariamente representa uma preferência, as cinco de hoje são igualmente emocionantes. 

1- ERA UMA VEZ NO OESTE (ONCE UPON A TIME IN THE WEST - 1968) De Sergio Leone.

Composta por Enio Morricone


2. O FRANCO-ATIRADOR (THE DEER HUNTER - 1978) De Michael Cimino.
(no link, o trailer)

 A música é Cavatina

3. TOURO INDOMÁVEL (RAGING BULL - 1980) De Martin Scorcese. 

Cavalleria Rusticana

4- RÉQUIEM PARA UM SONHO (REQUIEM FOR A DREAM - 2000) De Darren Aronofsky.

Composta por Clint Mansell

5- DESEJO E REPARAÇÃO (ATONEMENT - 2007) De Joe Wright. 


Composta por Dario Marianelli

Espero que tenham gostado de ouvi-las. No próximo sábado, trilhas...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A arte dos princípios

     Quem tem o hábito de escrever, criar histórias, dar vida a personagens, tirar a vida dos mesmo, sabe quão difícil é a tarefa do princípio. O quão significante tem de ser um bom começo, para que, assim, aqueles que sempre pensamos quando escrevemos, terão o prazer dedicado ao ato da leitura. Um bom começo é a ferramenta significativa que engrandece um livro e os olhares de um ávido leitor. Por que não se trata apenas de fechar com chave de ouro (tive que recorrer à esse clichê para a clarificação da situação) mas fazer-se em ouro toda a história narrada. É por isso, que refletindo sobre inícios memoráveis da literatura nacional e mundial, separei alguns livros de temáticas díspares que gostei e me identifiquei e resolvi rever seus princípios. 


     Truman Capote - A Sangue Frio

     "A cidade de Holcomb fica nas planícies do oeste do Kansas, lá onde cresce o trigo, uma área isolada que mesmo os demais habitantes do Kansas consideram distante. A uns 110 quilômetros da divisa entre o Kansas e o Colorado, a paisagem, com seu céu muito azul e límpido ar do deserto, tem uma aparência que está mais para a do Velho Oeste do que para a do Meio Oeste. O sotaque local traz as farpas da pronúncia cortante da pradaria, a nasalidade dos caubóis, e os homens, muitos deles, usam calças apertadas, chapéus Stetson e botas de salto alto com bicos pontudos. A terra é plana, e os panoramas são incrivelmente extensos; cavalos, rebanhos de gado e um aglomerado branco de silos de cereais que se elevam com a graça de templos gregos são visíveis muito tempo antes que o viajante os alcance".


      Clarice Lispector - Um sopro de vida


     "Isto não é um lamento, é um grito de ave de rapina. Irisada e intranquila. O beijo no rosto morto.
     Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida. Viver é uma espécie de loucura que a morte faz. Vivam os mortos, porque neles vivemos. 
    De repente as coisas não precisam mais fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és? Tenho certeza que sim. O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência. Decerto tudo deve estar sendo o que é". 

      

     J. K. Rowling - Harry Potter e a Pedra Filosofal

    "O Sr. e a Sra. Dursley, da rua dos Alfeneiros, nº4, se orgulhavam de dizer que eram perfeitamente normais, muito bem, obrigado. Eram as últimas pessoas no mundo que se esperaria que se metessem em alguma coisa estranha ou misteriosa, porque simplesmente não compactuavam com esse tipo de bobagem. 
      O Sr. Dursley era diretor de uma firma chamada Grunnings, que fazia perfurações. Era um homem alto e corpulento quase sem pescoço, embora tivesse enormes bigodes. A Sra. Dursley era magra e loura e tinha um pescoço quase duas vezes mais comprido que o normal, o que era muito útil porque ela passava grande parte do tempo espichando-o por cima da cerca do jardim para espiar os vizinhos. Os Dursley tinham um filhinho chamado Dudley, o Duda, e em sua opinião não havia garoto melhor em nenhum lugar do mundo". 

       Ian McEwan - Reparação

      "A peça - para a qual Briony havia desenhado os cartazes, os programas e os ingressos, construído a bilheteria, a partir de um biombo dobrável deitado de lado, e forrado com papel crepom vermelho a caixa para guardar dinheiro - fora escrita por ela num furor criativo que duraria dois dias e que a levara a perder um café da manhã e um almoço. Terminados todos os preparativos, só lhe restava contemplar o texto pronto e aguardar a vinda dos primos do Norte longínquo. Só haveria tempo para um dia de ensaios antes de seu irmão chegar. A peça, emocionante em alguns trechos, de uma tristeza desesperada em outros, era uma história do coração, cuja mensagem, expressa num prólogo rimado, era a de que todo o amor que não fosse fundado no bom senso estava fadado ao fracasso". 
     
      Quando revivemos tais momentos que já foram lidos, percebemos que a arte de começar está longe de nos dizer o tamanho real de um texto, está mais longe ainda de nos mostrar o destino que terá cada personagem. Alguns deles ainda nem apresentados nas primeiras linhas; outros, pincelados com a sutileza das palavras coerentes. Grandes começos, entretanto, não são certezas de um grand finale, como se percebe em muitas obras em que o autor parece afoito por concluir tal ou qual acontecimento e fazer uma abreviação de certos momentos que antes pareciam tão bem digeridos em palavras. Resta ao escritor, o termômetro, praticamente nato, para colocar e construir em palavras aquilo que habita apenas sua imaginação. Outros livros tem inícios, com certeza, muito mais potentes que os apresentados e foram imortalizados por isso, mas também é certo e louvável que hoje podemos todos apreciar o modo particular como cada autor, em seu gênero e mergulhado em sua subjetividade, lida com sua arquitetura das palavras, segue seu devir colocando apenas aquilo que lhe é posto e ao qual está, muito provavelmente, condenado até a morte.