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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Ahhh, a poesia...

Um convite à poesia
de um potuguês que também é do Brasil...


Amor

Se amor é uma loucura
E é fonte de dissabores
Se é sentimento que tortura
E transforma os sonhadores...

Se amor é uam ventura
Que esconde angústias e dores,
Se é uma estranha mistura
De ilusões, espinhos e flores...

Se amor é turbação e demência,
E é juntos, ternura e violência
Se amor é isso, estou condenado!

Condenado a viver mil ternuras,
Que preso à maior das loucuras
Estou pelo amor contaminado.


Álvaro Martins
25/04/1995

terça-feira, 15 de setembro de 2009

+ palavras

de Cuiabá

por Fernando Gil Paiva

Depois de ter ganhado a obra "Leito do Acaso" da escritora Lucinda Nogueira Ramos que também é professora da Universidade Federal de Mato Grosso e vive em Cuiabá há muitos anos, resolvi que parte de uma Cuiabania deveria ser aqui relembrada, pois já fora por mim citada antes...

Repartir o açúcar

Não troco
o movimento organizado
das formigas
por qualquer outro de maior liberade
A meta da procissão é bem clara
vai atrás do que precisa
a metros de distância

(lugar que em mim é um pouco mais longe)

Sem pensar em mais nada
acompanho com redobrada frequência
o fluxo de difícil contabilidade
lento como engarrafamento (ou funeral)

O que não se mede pela visão
deixo sem nome
mas espalho na terra e adoro
porque é o Senhor
que trabalha no meu destino
e ensina a repartir o açúcar
com quem tem fome.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Novidade em duplicidade

Para felicidade geral dos fãs [1]

Chega em DVD o último grande sucesso do diretor Woody Allen - Vicky Cristina Barcelona com o quarteto Javier Bardem, Rebecca Hall, Penélope Cruz e Scarlett Johansson! Um ótimo filme para se somar à extensa obra deste grande diretor!


Veja as imagens para relembrar o filme!



Para felicidade geral dos fãs [2]


Nota tirada da seção: UOL Cinema
Sérgio Sá Leitão, presidente da RioFilme, distribuidora e coprodutora estatal, afirmou que o nova-iorquino Woody Allen (Vicky Cristina Barcelona) deve rodar no Rio de Janeiro.

“Allen vai dirigir um longa-metragem no Rio em 2011”, afirmou Sá Leitão ao site G1. Detalhes a respeito das negociações e da trama ainda não podem ser revelados. A produção deve seguir o mesmo modelo empregado em Vicky Cristina Barcelona
.

Após cinco anos filmando em Londres (Macht Point – Ponto Final, Scoop e O Sonho de Cassandra) e na Espanha (Vicky Cristina Barcelona), Allen voltou a rodar em Nova York com Tudo Pode Dar Certo, que chega aos cinemas brasileiros em novembro, distribuído pela Califórnia Filmes.

domingo, 31 de maio de 2009

Cuiabá está entre as cidades escolhidas para a copa do mundo de 2014

por Fernando Gil Paiva

A FIFA anunciou o grupo das 12 cidades que serão sub-sedes para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. O presidente da FIFA Joseph Blatter, começou o pronunciamento às 14h30 (Horário de Cuiabá) e em ordem alfabético disse os nomes.

O estádio Verdão (Governador José Fragelli) será demolido até o fim do ano. Depois, as obras do novo estádio começam conforme projeto que acomodará 48.453 pessoas e terá vagas para mais de 3.000 veículos. Cuiabá tem aproximadamente 540.000 habitantes e será a representante oficial do Pantanal no Brasil. Além do novo estádio, outros projetos como melhorias no trânsito, projetos de metrô, ampliação do aeroporto estão previstos.

Verdão reconstruido

E as cidades são: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Prepare-se!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

50 / 50

por Fernando Gil Paiva

A proporção é clara. Metade / metade.

Dois meios que completam e formam um inteiro. Lados diferentes, tipos diferentes, ingredientes, composições, costumes... e depois disso uma ligação. Uma união de duas fitas de DNA que se combinam em uma só. Fica até difícil dizer - hoje - onde termina uma e começa a outra. É mais fácil dizer que sou e somos cada um uma banda de moebius (abaixo), um ciclo sem distinção de que começa aqui ou termina ali. Um infinito que é limitado a uma pessoa.

Uma pessoa que pertence aos infinitos.
Minha metade brasileira, minha metade portuguesa.
A primeira amarela. A segunda vermelha. As duas verdes.

Se de uma tenho lembranças de histórias em uma roça, uma fazenda, a outra me lembra o moinho, a vila antiga. Se penso em um quibe com ovo, risole de milho verde, pastel de dinossauro da infância, lembro-me também das filhoses portuguesas, dos pães e das fatias douradas.

Se pergunto a uma "Como está?´", já na outra respondo ao "E depois?"...
Se vejo um retrato próximo e palpável numa, na outra são representações de uma metade muito desconhecida e impalpável. Metade tão perto, metade tão longe.

Cada tijolo que ergue o moinho também é um tijolo de barro brasileiro, se na casa da roça tem carpintaria portuguesa, lá estão os azulejos. As duas se tornam uma única morada, um ponto em comum para dois não tão mais extremos. Sei quem são os rostos e o que cada um deles representa. Imagino que sei, imagino o que sei. Quanto mais volta o tempo, mais fica apagada a memória intocada.

Sou um grande visitador do passado, um nostálgico. Não me contento com o que meu corpo limita, minha nostalgia é também para os passos dos outros, os outros caminhos, anos que antecediam sem saber da existência desse hoje.

O tracejado no mapa que marca o tesouro é não menos que um retorno. Um retorno de um passo que já foi dado. "Para onde vão os passos que ficam para trás?". Ficam na memória. Pode ser que fique na parte intocada, pode ser que se faça - mais do que nunca - tocável.

Sendo assim,
Metade de mim barco de papel, a outra metade claravela [sic] portuguesa. Um inteiro navegante.