terça-feira, 18 de agosto de 2009

Olá, parceiro!

Hello, partner!

por Fernando Gil Paiva

Foi tudo muito por acaso, mas essa descoberta veio muito bem e em boa hora! O primeiro filme com Peter Sellers que vi, me lembro que nem prestei atenção em quem era porque ele estava ao lado de Woody Allen no filme "O que é que há, Gatinha?", então, naquele momento eu não sabia muito sobre Sellers. Sabia mais sobre Allen.


Mas depois, por meio da coleção 50 clássicos da Veja, eu acabei comprando sem conhecer "Um Convidado Bem Trapalhão" que de um modo único pude ter as boas sensações das comédias de ingenuidade. O indiano Hrundi V. Bakshi, muito bem interpretado por Sellers, trouxe na memória o que Blake Edwards sabia fazer tão bem - boas comédias, assim como fizera na série da "Pantera Cor de Rosa" e no inesquecível "Bonequinha de Luxo", com Audrey Hepburn. Foi tão bom que depois de ter visto 'Um Convidado...' eu quis ver de novo e no fim de semana eu vi novamente e quis também que as pessoas vissem.


Outro dia também por acaso descobri uma produção da HBO chamada "A Vida e Morte de Petter Sellers" com a incrível interpretação de Geoffrey Rush e as participações de Emily Watson, Charlize Theron e Stanley Tucci (interpretanto o imortal Stanley - o Kubrick). Uns seis meses depois achei o dvd do filme e não resisti. No mesmo dia também achei "Muito Além do Jardim" o que foi o último grande filme de Peter Sellers. Na verdade, ele faria O Diabólico Dr. Fu Manchu (1980) que não fez sucesso nem com o público nem com a crítica. Mas esse foi apenas um trabalho isolado perto de seus personagens extremamente excêntricos e diferentes como o capitão Lionel Mandrake, o Presidente Merkin Muffley e o Dr. Fantástico - todos os três personagens em um mesmo filme (de Stabley Kubrick, "O Iluminado" e "Laranja Mecânica") - "Dr. Fantástico ou como aprendi a parar de me preocupar e amar a bomba". Grandes profusões em tão pouco espaço e tempo.



Na produção biográfica de Petter, a excentricidade não fica apenas em seus personagens mas isso de certo modo influenciou diretamente sua vida pessoal, que em muitos momentos da história percebíamos que havia uma grande dificuldade em se separar o Peter de qualquer personagem que fosse, ou talvez houvesse uma grande habilidade do ator em se fixar em seus substratos.


Talvez isso tenha sido negativo em certos momentos, pois tirou Peter do rumo de muitas possibilidades. Coisas que ele nunca perdeu - a intensidade de vida, a intensidade da vida. Assim, ele viveu cada dia, trabalho e família... estáveis ou instáveis... mas viveu. Brigando, amando, explodindo, acalmando e assim por diante. De modo um tanto quando exigente, esse rígido virginiano acreditou em seu potencial e fez com que seu trabalho se tornasse inesquecível e eterno, mesmo que a vida tenha sido curta e ele tenha partido aos 55 anos sob o ápice da exigência e do clímax vital/mortal. Em memória ao Peter e próximo ao seu "aniversário que seria". Peter nasceu em oito de setembro de 1925 e faleceu em 24 de julho de 1980 após uma parada cardíaca.

Peter Sellers ao lado de Sohia Loren, com quem autou e também se apaixonou.

2 comentários:

  1. Nando Peter Sellers é o máximo mesmo!! Quem não teve oportunidade de ver e apaixonar-se ...vale a pena o Fernando Paiva n exagerou em nada nos elógios...Bjm

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  2. Ai, eu adoro o personagem que ele fez em Doutor Fantástico. E essa foto com a Sophia, sem palavras.

    Beijos!

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