domingo, 17 de maio de 2009

Meryl Streep
por Fernando Gil Paiva

Há muito tempo venho enrolando pra escrever esse post. Afinal, o motivo precisava de calma e inspiração. Falar da minha atriz preferida não é pouca coisa, nem coisa fácil. Eu não lembro ao certo quando começou, mas acho que a lembrança de ter visto Meryl Streep conscientemente foi em As Horas e Adaptação, ambos maravilhosos. Inconscientemente eu já tinha visto A morte lhe cai bem, Ela é o diabo e O rio selvagem que passaram algumas vezes na TV aberta durante a década de 90.

Depois passei a adaptar minhas horas para que eu pudesse conhecer mais aquilo que eu já gostava tanto. Era uma questão de tempo e de aprofundar admirações. Hoje já assisti 23 dos seus filmes. O fato é que é impossível não destacar seu talento e o modo como ela consegue ser tão real em suas caracterizações. Como a própria Meryl disse “Interpretar não tem a ver com ser alguém diferente. Trata-se de encontrar similaridades no que é aparentemente diferente e depois se encontrar nelas”.

E não apenas isso, não apenas encontrar-se nas aparentes diferenças, mas fazer com que o espectador também se encontre simultaneamente. Para começar, deixo aqui, três amostras de seu trabalho, partes que depois irão se remendando com o passar do tempo, afinal, um post é muito pouco pra falar de uma carreira que se estende por tanto tempo.

A ‘trilogia’ da escolha:

As pontes de Madison (1995)

Em as pontes de Madison, Francesca (Meryl) conhece o fotógrafo Robert da National Geographic (Clint Eastwood) quando seus filhos e o marido haviam ido a uma exposição anual em outra cidade por quatro dias. Nesse período em que Robert está fotografando pontes no condado de Madison, Francesca vê-se diante dos pesos de uma terrível balança. Ela tem que fazer sua escolha. A escolha de Francesa.


A escolha de Sofia (1982)

Alan J. Pakula, ao dirigir A Escolha de Sofia, talvez tenha colocado em evidência um dos impasses mais dramáticos que não há dúvidas que também tenha acontecido em algum momento com alguma Sofia. A história é narrada a partir de suas lembranças num campo de concentração alemã na segunda guerra mundial. Quem esteve com ela já não está mais, as escolhas tiveram que ser feitas independentemente.


Terapia do Amor (2005)

A terapeuta de família judia Lisa Metzger (Streep) tem uma paciente pós-divórcio e um filho pintor que tem uma nova namorada. Os conceitos e as aplicações de suas análises, entretanto, começam a se mostrar paradoxais quando se trata de casos intra e extra familiares. Lisa entra em pânico quando tem que decidir em aceitar o que prega como conceito cultural e religioso ou conceito ético e pragmático de sua profissão.


3 comentários:

  1. Fica aqui tb a minha admiração por Meryl Streep...com seu encantamento, em poucos segundos nos faz rir, chorar,gargalhar...além disso, domina sutis movimentos faciais dispensando qualquer palavra.

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  2. Vou esperar pelo post falando de Mamma Mia.
    Começou muitíssimo bem, com o meu preferido-mor, As pontes de Madison.

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  3. Quem até agora não teceu sua opnião a respeito de Meryl? Agora não faltarão motivos diante de sua elouquência ao expor o talento de seus inumeros personagens...Ela é sem dúvida fantástica!

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