quinta-feira, 16 de abril de 2009

Sensorial, de Adélia Prado


Obturação, é da amarela que eu ponho.

Pimenta e cravo,

mastigo à boca nua e me regalo.

Amor, tem que falar meu bem,

me dar caixa de música de presente,

conhecer vários tons pra uma palavra só.

Espírito, se for de Deus, eu adoro,

se for de homem, eu testo

com meus seis intrumentos.

Fico gostando ou perdôo.

Procuro sol, porque sou bicho de corpo.

Sombra terei depois, a mais fria.



Adélia Prado é mineirinha do pão de queijo, do "ba da cama" e do "qui di carne"... Nasceu em Divinópolis em 1935, no dia 13 de dezembro.
A forma da palavra, que se cala ou que fala
traz o tom da precisão, da forma e da consistência
descontrói o contruído e "dessente" o tempo tão bem sentido
Faz da vida vivida, a palavra aplicada.

E isso fala por si só
Ou só isso já fala por tudo!
Pronto. Ponto final.

por Fernando Gil Paiva

2 comentários:

  1. Fantástico a sua fala ...que trazendo a mensagem de Adélia Prado NOS MOSTRA A VERDADEIRA ESSENCIA DA PESSOA ...
    Aquela com pureza de alma!!!....besos

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  2. brigado pelo comentario fê mto lindo! ;D
    qm sabe um dia eu consiga fotografar taum bem qnd vc ^^

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