sábado, 18 de abril de 2009

Um famoso muito desconhecido

por Fernando Gil Paiva

Filmes que enganam. Se você perguntar para alguma pessoa se ela saberia identificar o filme das fotos (abaixo e mais abaixo), muito provavelmente não saberia, apesar de possivelmente conhecer esse clássico de ultra consagração.

Mas o que fez com que as pessoas apenas se fixassem em apenas 4 minutos de um filme de quase duas horas sendo que não apenas os 4, mas os 118 eram de mesma paridade?

Na década de 50, os diretores Gene Kelly e Stanley Donen e os roteiristas Betty Comden e Adolph Green trariam às telas do cinema uma das mais precisas obras do clássico conciso. Na minha infância, nunca tive oportunidade de me separar dos quatro minutos de "consagração" que o filme justa e injustamente teve. Apenas aos 20 anos, pude perceber o que se passava atrás da chuva mais famosa do cinema, bem como do mais famoso guarda-chuva e um dos mais apaixonados dançando e Cantando na Chuva.

Mas depois de assistir, percebi que seria impossível que o Gene Kelly pudesse sair bem depois de ficar cantando por esses 118 minutos numa chuva que não acabava. A mágica de Cantando na Chuva está na beleza de seus personagens interpretados por Donald O'Connor e Debbie Reynolds para completar o trio com Gene, que também atuava; no roteiro, que traz um conteúdo que a maioria dos cinéfilos sabe (eu não sabia); as músicas e a forma como foram mostradas, fizeram desse filme algo que ainda continua atual e tão potencialmente apreciável.

O que aconteceu para os que não sabem não se reside nas minhas palavras, mas nas palavras conduzidas pelos atores e pelo argumento da própria história que merece ser vista não para saciar uma dúvida, mas sim uma vontade de ver como importantes períodos técnicos e de transição do cinema eram debatidos e postos em prática.

Cantando na Chuva (1952) pode ser um filme que inconscientemente engana, mas não é à toa que é considerado o quinto melhor filme da história do cinema norte americano de todos os tempos, por diversos institutos de cinema compostos por críticos e diretores, como o AFI (American Film Institute).

Um comentário:

  1. De longa data ouvimos que cinema é arte...eu diria cinema é arte mas também é a informação das informações..! Através deste ocorrem grandes revoluções que deixam marcas profundas ... AFINAL NÃO SEREMOS OS MESMOS APÓS 2 HORAS OU MESMO QUE SEJA APENAS 4 MIN DE UM MOMENTO POETICO DE UM FILME- QUANDO ESTE NOS TOCA A ALMA! Beijos teamo

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